sábado, 3 de janeiro de 2015

Manual para lidar com gente emburrada

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Dos padrões de comportamento que mais prejudicam as relações interpessoais, o emburrado é um dos mais comuns, mais chatos e infantis que existem. Que me desculpem os emburrados, mas tem que ser muito burro e empacado para agir de tal forma.

Assim, cabe entender o mecanismo que leva crianças, adolescentes, adultos e até idosos a se calarem voluntariamente, esticar um beiço enorme, fingir que não ouve, não vê e não fala. E por dias, semanas e meses, entra mudo e sai calado de suas casas, trabalhos, no convívio com a família, colegas e amigos. Então, está revelado o primeiro mistério: o emburrado está nos dizendo um NÃO!!! "Não quero conversar, não quero participar de nada, me deixa em paz!".

Outra característica clara do mistério dos emburrados: "Estou chateado, com raiva". Bom, mesmo que não fale, ele diz que alguém fez algo que o ofendeu, magoou, frustrou, contrariou. Mas, ao invés de buscar um caminho simples, descomplicado, maduro, que é conversar, esclarecer através do diálogo direto com a pessoa que o teria chateado, ofendido, não: reage de forma radical, pueril, se fechando e punindo todos com sua desagradável presença mal humorada, múmia paralítica, que pesa o ambiente e como gotas de limão em litros de leite, faz com que talhe tudo.

Qual o objetivo principal dos emburrados? Já vimos que querem punir as pessoas por algo que os frustrou, ofendeu e magoou, com uma atitude radical e punitiva: o silêncio agressivo, o isolamento que quebra a harmonia e a boa convivência. Mas o principal objetivo dos emburrados é gerar CULPA! E conseguem!

A todo momento, alguém se aproxima:

- Eu te fiz alguma coisa?

- Foi eu que te chateei?

E com isso ele vai se tornando importante, poderoso. As pessoas culpabilizadas começam a adular, implorar para que ele volte a conversar ou todos vão ficando mal humorados. Tudo errado! Não se deve entrar nesse jogo, não se deve sentir culpa nem ficar gravitando em torno do emburrado. Ao contrário, cada um deve seguir sua vida, continuar cumprimentando, convidando para sair, mesmo que o outro não responda, ou seja, escravo do "não". Só quando o emburrado entende que seu comportamento não está punindo, atrapalhando, agredindo as demais pessoas com as quais ele convive, é que tal característica começa a ceder.

E, para meus amigos emburrados, fica um exemplo para pensar: se a vida é um filme constante, que nunca para, o emburrado é aquele que ao se chatear com uma cena tem a péssima característica de congelar cenas e por dias, semanas, repete, repete, sofre, sofre, ressente... E, enquanto isso, o filme da vida segue maravilhoso para o resto da humanidade!

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